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Lóki - Arnaldo Baptista: ma[i]s louco, quem?

Sexta-feira, dia 09 de abril de 2010, assisti um documentário, na TV Cultura, sobre Arnaldo Baptista e foi sem dúvida um dos melhores documentários que já assisti. A história do Arnaldo e conseqüentemente dos Mutantes é repleta de sucesso, alegrias, fracassos, tristezas, superação, arte e principalmente muita música de qualidade.


Adoro arte e o documentário mostrou que além de excelente músico, Arnaldo é uma pessoa que “inspira” e “expira” arte por todos os poros, se tornando por esse motivo incompreendido pela grande maioria das pessoas. É fato que as drogas, a separação da Rita Lee e saída dos Mutantes contribuíram para uma fase conturbada da vida dele, mas a incompreensão e o preconceito que ele sofreu na época por ser diferente e está muito à frente do seu tempo foi um fator decisivo para a depressão e tentativa de suicídio.


Como tudo na vida desse ícone foi intenso, ele por meio do reconhecimento e amor de uma fã, encontrou a força que o trouxe de volta, mas sem perder, claro, a sua marca registrada, a criatividade. Neste momento Arnaldo Baptista reencontrou o amor, a música, a pintura, o reconhecimento mais do que justo do público e o bem mais precioso que temos a VIDA.


Ele tem uma "a alma de uma criança", criativa e livre características que atraem a arte, pois a arte necessita de ser conduzida de forma pura e sem interferências. Que você Arnaldo continue fazendo arte e nos ensinando muito.


Segue abaixo o trailler do documentário.



Transcrevo abaixo matéria que considero descrever muito bem o documentário em seus fatos e cronologia. Esta matéria foi publicada no site http://www.conexaovivo.com.br/ 


Lóki - Arnaldo BaptistaDocumentário desvenda a genialidade, loucura e criatividade do eterno “mutante” Arnaldo Baptista

Music News, Por Tanara de Araújo (Mondo Bacana) - Fotos de Canal Brasil/Divulgação

Quem diabos é Arnaldo Baptista? Gênio. Visionário. Louco. Mito. Artista. Todas absolutamente corretas, as respostas são esmiuçadas em Lóki, primeiro longa de Paulo Henrique Fontenelle, em cartaz nos cinemas do país. Premiado como melhor documentário no Festival de Miami deste ano, o filme não é apenas brilhante por trazer à tona a rica trajetória do eterno líder dos Mutantes. É também meritório por equilibrar a narrativa para leigos e iniciados — nada excessivamente didático, nem específico em demasia.

O ponto de partida é um recorte da vida pacata que atualmente Arnaldo leva na cidade mineira de Juiz de Fora, ao lado da esposa Lucinha. Em tom confessional, o músico destrincha histórias e sentimentos enquanto se dedica à pintura de uma tela, sua outra paixão artística — não tão desenvolvida quanto a música, mas simbolicamente interessante. Passado o prólogo, o roteiro de Fontenelle desdobra-se em três atos: a ascensão (Mutantes), a queda (drogas e depressão) e a redenção (reconhecimento da obra).

A primeira parte é, inevitavelmente, a mais divertida. É o retrato da inventividade rebelde de Arnaldo, Sérgio e Rita no auge da juventude e da inspiração. É o capítulo da compreensão da importância dos Mutantes em um país sem tradição roqueira em meio à ditadura dos anos 60. É o diário do amor profundo de Arnaldo por Rita e a explicação dos termos gênio e visionário. Não é necessária a carteirinha de fã para se emocionar com os registros do trio nessa época. Um dos mais tocantes é a entrevista nos bastidores do festival de 1967, no qual a banda acompanhou Gil em “Domingo no Parque”. Pueril, Arnaldo descreve a experiência como “muito legal”.

Além de uma infinidade de material de arquivo e entrevistas com o próprio Arnaldo Baptista, Lóki é recheado de declarações de amigos, jornalistas e artistas. De um elenco que vai do irmão Sérgio Dias ao fã Sean Lennon, pipocam histórias pessoais, lembranças engraçadas e tristes, análises, pedidos de desculpas e, óbvio, agradecimentos e elogios. Com um casamento perfeito entre imagens e depoimentos, a montagem perspicaz de Fontenelle deu-se ao luxo de descartar a (quase sempre) enfadonha figura do narrador.

Ainda que uma importante peça-chave da vida e obra de Arnaldo, Rita Lee optou por manter-se em silêncio – assunto que provocou ligeira polêmica. A falta de seu testemunho, porém, não compromete o fluxo narrativo, muito menos o resultado final. Pelo contrário. Com aparições reservadas a imagens antigas (cedidas por ela sem problemas), Rita é encaixada ao contexto de modo doce e afetuoso. Exatamente como permanece na memória de Arnaldo.

Queda e redenção

A partir da menção às drogas lisérgicas, o filme sutilmente muda o tom. Com edição mais lenta e narrações mais densas, a alegria é substituída por sombras. Ladeira abaixo, segue-se a dura separação de Rita e a derrocada dos Mutantes. Em um fiapo de luz — que expande o significado de gênio e insere o de louco — Arnaldo concebe o álbum que dá título ao filme. Embora tido como obra-prima, o conteúdo é o esboço de problemas futuros ligados à depressão.

Orquestrada pela fiel Lucinha, a recuperação marca a etapa final de Lóki, que volta a ter um ritmo mais ágil e comentários mais positivos. Após longo ostracismo, Arnaldo exorciza velhos fantasmas com o retorno dos Mutantes (mesmo com Zélia Duncan no lugar de Rita Lee). Com belas imagens de shows lotados, beirando à catarse em Londres e São Paulo, e fãs espalhados pelo mundo, o momento é de prestígio. O ciclo fecha-se com o entendimento do mito.

É certo que a vida de Arnaldo Baptista é um roteiro de cinema nascido pronto. Sucesso, amor, obstáculos e final feliz. Fazer a fórmula dar certo, seja em documentário ou ficção, são outros quinhentos. É preciso, entre demais critérios, fazer escolhas técnicas acertadas e sensibilidade para administrar o conteúdo a diferentes públicos. Em sua estreia, Paulo Henrique Fontenelle foi bastante feliz não só nesses pontos. Acima da elucidação de qualquer conceito, Lóki é um sólido mosaico sobre o homem à frente do artista, do visionário, do louco e do gênio.

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