Faz tempo que tenho esse desejo de escrever sobre Raul. Já comentei em alguns textos publicados aqui no blog do meu gosto pela música do Raul e também pela história de vida dele, que foi tão contraditória, tranqüila, agitada, lúcida, louca, calma, agressiva.
O fato é que toda essa contradição e inquietude do Raul foram traduzidas para suas músicas que são aclamadas até hoje. Foi através da música que Raulzito conseguiu expor suas idéias e seus sentimentos a cerca do homem e do mundo. Os pensamentos do Raul acima de tudo são um grito de liberdade.
Segue abaixo trechos da peça “Raul Fora da Lei”, apresentanda pela Oficina dos Menestréis, com texto de Roberto Bomtempo e José Joffily, peça da qual atuei em 2008.
Raul Seixas leu Bhagavad-Gita três vezes em sua vida. Bhagavad-Gita é um livro antigo, hindu, uma espécie de “Lusíadas” do Oriente.
A primeira vez que ele leu foi aos 14 anos de idade, mas ainda não conseguia compreender a importância do livro. A segunda vez aos 23 anos, por sugestão de seu professor de filosofia. Somente quando leu pela terceira vez, numa época em que todos os valores do mundo se modificavam, é que ele pode compreender o seu verdadeiro significado. Bhagavad-Gita quer dizer em português, Canto do Senhor, “Gita”, apenas quer dizer canto. Para Raul um canto diferente longe do convencionalismo das músicas e próximo ao soar de uma trombeta que acorda cada individuo para o que ele tem dentro de si, sem que saiba.
Quando esse canto é entoado, desperta magicamente dentro de cada ser humano, abrindo as portas para uma verdadeira mutação de princípios e valores. Gita fala do homem, do seu duelo entre o que tentaram fazer o que ele fosse e o que realmente ele é ou sempre desejou ser. Hoje em dia, cada vez mais homens estão fazendo o que querem, e isso é a única grande atitude que se pode esperar de uma civilização.
Ninguém é igual. Cada homem e cada mulher é uma estrela girando em sua própria órbita. Mas a civilização através dos séculos não respeitou a integridade do homem criando leis absolutas e tentando impor uma vontade comum a todos. Isso é a mesma coisa que entrar numa sapataria e mandar o sujeito só vender um número de sapato, sem respeitar aqueles que têm pés menores ou maiores. E se o sapato escolhido não cabe, somos obrigados de qualquer forma a usá-lo. E usamos!
É preciso tornar a ser individuo outra vez. E mesmo que até hoje as nossas esperanças tenham sido frustradas, nesta nova ERA que se inicia, o individuo compreenderá o valor de si próprio e se unirá a outros.
Que Gita ecoe no coração dos homens e os fça levantar novamente a cabeça!
Pois é, a vida é um ciclo, exatamente nessa ordem: Início, Fim e Meio. Onde o Fim é uma pausa e o Meio a passagem para a renovação que dará Inicio a um novo ciclo: Inicio, Fim e Meio.
O fato é que toda essa contradição e inquietude do Raul foram traduzidas para suas músicas que são aclamadas até hoje. Foi através da música que Raulzito conseguiu expor suas idéias e seus sentimentos a cerca do homem e do mundo. Os pensamentos do Raul acima de tudo são um grito de liberdade.
Segue abaixo trechos da peça “Raul Fora da Lei”, apresentanda pela Oficina dos Menestréis, com texto de Roberto Bomtempo e José Joffily, peça da qual atuei em 2008.
Raul Seixas leu Bhagavad-Gita três vezes em sua vida. Bhagavad-Gita é um livro antigo, hindu, uma espécie de “Lusíadas” do Oriente.
A primeira vez que ele leu foi aos 14 anos de idade, mas ainda não conseguia compreender a importância do livro. A segunda vez aos 23 anos, por sugestão de seu professor de filosofia. Somente quando leu pela terceira vez, numa época em que todos os valores do mundo se modificavam, é que ele pode compreender o seu verdadeiro significado. Bhagavad-Gita quer dizer em português, Canto do Senhor, “Gita”, apenas quer dizer canto. Para Raul um canto diferente longe do convencionalismo das músicas e próximo ao soar de uma trombeta que acorda cada individuo para o que ele tem dentro de si, sem que saiba.
Quando esse canto é entoado, desperta magicamente dentro de cada ser humano, abrindo as portas para uma verdadeira mutação de princípios e valores. Gita fala do homem, do seu duelo entre o que tentaram fazer o que ele fosse e o que realmente ele é ou sempre desejou ser. Hoje em dia, cada vez mais homens estão fazendo o que querem, e isso é a única grande atitude que se pode esperar de uma civilização.
Ninguém é igual. Cada homem e cada mulher é uma estrela girando em sua própria órbita. Mas a civilização através dos séculos não respeitou a integridade do homem criando leis absolutas e tentando impor uma vontade comum a todos. Isso é a mesma coisa que entrar numa sapataria e mandar o sujeito só vender um número de sapato, sem respeitar aqueles que têm pés menores ou maiores. E se o sapato escolhido não cabe, somos obrigados de qualquer forma a usá-lo. E usamos!
É preciso tornar a ser individuo outra vez. E mesmo que até hoje as nossas esperanças tenham sido frustradas, nesta nova ERA que se inicia, o individuo compreenderá o valor de si próprio e se unirá a outros.
Que Gita ecoe no coração dos homens e os fça levantar novamente a cabeça!
“Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo, procurando foi justamente num sonho que ele me falou...”
“As ruas se desfazem quando o caminho pra frente é percorrido
Não há mais retorno
Quero a mão dos que prosseguem
Quero a certeza dos loucos que brilham
Pois se o louco persistir na sua loucura
Acabará sábio”.
“O homem nasceu livre, mas em toda parte eu o vejo acorrentado. Não pense que a cabeça agüenta se você parar...”
Pois é, a vida é um ciclo, exatamente nessa ordem: Início, Fim e Meio. Onde o Fim é uma pausa e o Meio a passagem para a renovação que dará Inicio a um novo ciclo: Inicio, Fim e Meio.
“Eu sou uma estrela
Tu és outra estrela
A infinita distância existente entre dois seres
Só pode ser abolida pelo AMOR”
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