Luar Asavesso canta, encanta e encerra a exposição “Raul: O Início, o Fim e o Meio” no Metrô Paraiso
Sexta-feira, dia 30 de março de 2012, às 19:00 foi
um momento totalmente “Maluco Beleza” no Metrô Paraiso. Os Raulseixistas de
plantão e o público que se formou em volta do palco se emocionaram e cantaram
junto com a banda Luar Asavesso. Luar que tirando do avesso fica Raul. Raulzito
que contagiou e contagia toda uma geração. Que se tornou eterno através de sua
música e seu grito de liberdade, pois segundo ele: “Os homens passam, as músicas
ficam”. Para mim que sou fã do Raul, foi uma experiência única ver e sentir
todo o poder desse mito que através da música tornou sua mensagem atemporal e
imortal. Foi de arrepiar ver as pessoas que passavam pelo Metrô parar e cantar
as músicas do Raul. Uma união de vozes expressando a individualidade de cada um
através da harmonia e melodia da música num ritmo visceral e inebriante que
contagiou toda a estação Paraiso. Raulzito não tinha medo de morrer, mas tinha
medo de deixar de existir, mas nos mostrou que continua existindo e sendo a “Mosca
na sopa”, incomodando o Sistema e chamando a atenção das pessoas para a
reflexão e o direito de pensar e agir livremente.
Desde quarta-feira, dia 28 quando participei de
outro tributo ao Raul, no mesmo Metrô Paraiso senti vontade de escrever este
texto. A emoção começou na quarta e o desejo de escrever se intensificou ainda
mais na sexta-feira quando foi o último dia da exposição “Raul: O Início, o Fim
e o Meio”. Hoje ao ouvir a música “O Homem” e rever as fotos que fiz da
exposição que estão disponibilizadas neste post tive a inspiração que precisava para escrever.
Para quem não conseguiu conferir a exposição, a
parte referente à Discografia será levada para o Metrô Arthur Alvim. Assim que
tiver mais informação a respeito disponibilizarei aqui no Estrambólica Arte. E
para quem desejar conhecer e se emocionar com o eterno “Maluco Beleza” fica
aqui uma dica muito especial, o filme “Raul: O Início, o Fim e o Meio” que está
em cartaz nos Cinemas e foi o responsável pela exposição e por todos os
tributos realizados durante todo esse mês. Com certeza vale muito a pena
conferir um pouco da vida desse ícone do Rock brasileiro.
-"No momento em que eu ia partir
Eu resolvi voltar"
Vou voltar!
Sei que não chegou a hora
De se ir embora
É melhor ficar...
Vou ficar!
Sei que tem gente cantando
Tem gente esperando
A hora de chegar...
Vou chegar!
Chego com as águas turvas
Eu fiz tantas curvas
Prá poder cantar...
Esse meu canto
Que não presta
Que tanta gente
Então detesta
Mas isso é tudo
O que me resta
Nessa festa!
Nessa festa!...
Eu!
Vou ferver!
Como que um vulcão em chamas
Como a tua cama
Que me faz tremer...
Vou tremer!
Como um chão de terremotos
Como amor remoto
Que eu não sei viver...
Vou viver!
Vou poder contar meus filhos
Caminhar nos trilhos
Isso é prá valer...
Pois se uma estrela
Há de brilhar
Outra então tem que se apagar
Quero estar vivo para ver
Oh!
O sol nascer!
O sol nascer!
O sol nascer!...
Eu!
Vou subir!
Pelo elevador dos fundos
Que carrega o mundo
Sem sequer sentir...
Vou sentir!
Que a minha dor no peito
Que eu escondi direito
Agora vai surgir...
Vou surgir!
Numa tempestade doida
Prá varrer as ruas
Em que eu vou seguir
Oh!
Em que eu vou seguir!
Em que eu vou seguir!...
(Raul Seixas)
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