A família tem seus fundamentos no relacionamento entre marido e mulher. O laço que mantém a família unida é a fidelidade e a perseverança da mulher. A posição dela é no interior (segunda linha) e a posição dele, no exterior (quinta linha). O fato de o homem e a mulher ocuparem o lugar que lhes corresponde está de acordo com as grandes leis da natureza.
Na família uma firme autoridade é necessária; isto é representado pelos pais. Quando o pai é realmente um pai e o filho um filho, quando o irmão mais velho preenche sua função como irmão mais velho, e o mais moço a que lhe é própria, quando o esposo é realmente esposo e a esposa uma esposa, então a família está em ordem.
Quando a família está em ordem, todos os relacionamentos sociais da humanidade também estão em ordem. Das cinco relações sociais, três são encontradas no interior da família: a relação entre pai e filho, que é a do amor; entre o marido e a mulher, que é a do recato; entre o irmão mais velho e o irmão mais moço, que é a da correção. O afetuoso respeito do filho é então transferido ao príncipe, como lealdade ao dever. A correção e o afeto existentes entre os irmãos são aplicados ao amigo como lealdade e aos superiores como deferência.
A família é a célula que dá origem à sociedade, o solo nativo em que o exercício dos deveres morais é facilitado pela natural afeição. Nesse pequeno círculo são criados os princípios éticos que mais tarde serão ampliados às relações humanas em geral.
(I CHING)
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