A inspiração para a publicação dessa série de posts poéticos, no Estrambólica Arte, surgiu com uma brincadeira do Facebook, onde devia-se publicar mais poesia na Rede e marcar outras pessoas para compartilhá-las. Fiquei muito feliz com as poesias que as pessoas envolvidas publicaram. Através de uma simples brincadeira, a Rede foi inundada com poesias. Por isso, o Estrambólica Arte, tem a honra de postar todas as poesias escolhidas e prestar uma homenagem a cada uma das pessoas que dedicaram um pouco do seu tempo para compartilhar palavras de amor.
Este poema é dedicado à minha prima, CLAUDIA, pois foi o poema escolhido por ela.
Mãos Dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco
Também não cantarei o mundo futuro
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas
Também não cantarei o mundo futuro
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes
A vida presente
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes
A vida presente
Carlos Drummond de Andrade
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