As mandalas
tibetanas e a arte do desapego no ritual de destruição da mandala criada,
simbolizando a impermanência da vida e do mundo.
Mandala é uma
palavra de origem sânscrita que significa “círculo” relacionada com a
representação geométrica da relação entre o homem e o cosmo. A Sand Mandala
é uma tradição budista tibetana envolvendo a criação e destruição de
mandalas feitas de areia colorida.
A mandala de
areia é ritualisticamente destruída depois de ter sido concluída, esse rito
requer paciência e muita dedicação. O Processo de criação das San Mandalas
começa com o tingimento das areias com tintas que depois são aplicadas usando
pequenos tubos, funis, e raspadores, chamados chak-pur. Essas Sand Mandalas
levam cerca de várias semanas para ficarem prontas devido a quantidade de
detalhes e a maneira em que são criadas, geralmente os monges trabalham em
equipe começando do centro para fora.
Como todas as
mandalas, estas são entendidas como representações bidimensionais do que é
supostamente um ambiente tridimensional. Muitas dessas mandalas contém uma
localidade externa específica que é claramente identificado como um cemitério.
Em relação as tintas; as cores para a pintura são normalmente feitas com areia
naturalmente colorida, gesso esmagado (branco), amarelo ocre, arenito vermelho,
carvão vegetal, e uma mistura de carvão e gesso (azul). Misturando preto e
vermelho , vermelho e branco. Outros agentes de coloração incluem farinha de
milho, pólen de flores, raízes ou em pó e casca.
A destruição
de uma mandala de areia também é altamente cerimonial. Os simbolos que
representam as divindade são removidos em uma ordem específica junto com o resto da geometria até que a
mandala se desfaça. A areia é coletada em um frasco que é então transportado para um rio (ou qualquer lugar
com água em movimento), onde é liberado de volta para a natureza. Isto simboliza
a impermanência da vida e do mundo.
Fonte:
http://www.viacosmos.com.br/sandmandalasviacosmos/
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