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O TRIUNFO DA COR: O PÓS IMPRESSIONISMO

E lá se foi Estrambólica Arte conferir a exposição: O TRIUNFO DA COR: O PÓS IMPRESSIONISMO que está em cartaz no Centro Cultura Banco do Brasil, no Centro de São Paulo. Para mais informações veja a página "Dicas de exposição" aqui no Estrambólica Arte.

Segue o que o Estrambólica conseguiu adquirir dessa belíssima exposição que vale muito a pena conferir. Informações dos folhetos, frases e imagens do ambiente como um todo.

O TRIUNFO DA COR
A questão da cor na pintura ocidental sempre foi objeto de debates apaixonados. Durante o século 19, ela opõe, de um lado, os adeptos de uma arte dominada pelo desenho, e, do outro, os partidários de uma expressão baseada nas sensações visuais. O confronto tem início com Ingres e Delacroix, dentro da própria Academia de Belas Artes de Paris.

O advento da sociedade industrial, na segunda metade do século, vem alterar radicalmente essa divisão. Os impressionistas impõem a superioridade da percepção visual à expressão da sensibilidade contemporânea - em uma sociedade dominada pelo movimento e pela velocidade, sua pintura põe abaixo a concepção de uma arte baseada em cânones estéticos imutáveis. A subjetividade da percepção permite que a cor se emancipe das tonalidades regionais e de sua relação puramente mimética com a realidade.

A geração de artistas que sucede aos impressionistas entre 1885 e 1905 apregoa uma abordagem múltipla da cor: ora objetiva e científica, com a decomposição de seu espectro, ora emocional, sensual, cerebral, filosófica, ou simbolista. Essa vanguarda, que reúne artistas tão diferentes entre si como Van Gogh, Toulouse-Lautrec, Gauguin, Seurat, Signac, Bonnard, Maurice Denis, Odilon Redon e Matisse, é batizada pelo crítico de arte britânico Roger Fry com o termo genérico de "pós-impressionista". Ela promove uma revolução estética por intermédio do TRIUNFO DA COR.

A COR CIENTÍFICA: Vincent Van Gogh, Émile Bernard, Henri Toulouse-Lautrec, Georges Seurat, Léo Gausson, Theo van Rysselberghe, Georges Lemmen, Paul Signac, Hippolyte Petitjean, Maximilien Laugé e Henri-Edmond Cross.
Sucedendo ao impressionismo no fim dos anos 1880, uma nova geração de artistas se impõe em contraposição ao naturalismo. Esses pintores,chamados de "pós-impressionistas" estão na origem de uma importante revolução estética que se opera por meio da cor. Em 1883-1884, Seurat desenvolve um método científico para a pintura, baseado na divisão das pinceladas. 

As cores não são representadas diretamente: elas nascem da justaposição de tons, calculados em função de seus efeitos ópticos. Os olhos recompõe a distância o conjunto de pontos e traços minúsculos aplicados sobre a tela de forma paralela ou perpendicular,. O pontilhismo provoca uma geometrização das formas, que são conectadas umas às outras, de modo cadenciado, por arabescos decorativos.


O NÚCLEO MISTERIOSO DO PENSAMENTO: Paul Gauguin, Émile Bernard, Meijer de Haan e Paul Sérusier.

Na solidão do pequeno vilarejo bretão do Pont-Aven, longe da agitação de Paris, Gauguin inventa uma nova pintura e se impõe como principal figura do simbolismo. Ele critica os impressionistas por suas buscas, "em torno do olhar e não do núcleo misterioso do pensamento". A pintura reflete um mundo interior - intelectual, poético, espiritual. "A arte é uma abstração", escreve ele em 1888 a seu amigo Schuffenecker. "Extraia-a da natureza sonhando diante dela, e pense mais na criação do que no resultado".

Gauguin se inspira na arte primitiva e popular, nas estampas japonesas, na arte medieval e não ocidental para criar uma gramática estilística moderna, que finca suas raízes em um arcaísmo popular. Suas cores, sem relação com a realidade, são aplicadas uniformemente sobre a tela. As formas são contornadas com um traço escuro que simplifica o motivo. O caráter decorativo de suas composições é acentuado pela representação de um espaço plano, que exclui qualquer ilusão de profundidade.

Gauguin atribui à cor o papel de reveladora da dimensão simbólica da pintura. Com suas tonalidades, escolhidas artificialmente, ele afirma o desejo dos deslumbramento e do retorno às fontes primitivas da arte e ao instinto da criação.

OS NABIS, PROFETAS DE UMA NOVA ARTE: Édouard Vuillard, Maurice Denis, Pierre Bonnard, Aristide Mailol, Ker-Xavier Roussel, Paul Sérusier, Paul Ranson, Odilon Redon, Félix Vallotton.

Em outubro de 1888, depois de uma temporada em Pont-Aven, Sérusier retorna a Paris trazendo um pequeno quadro elaborado de acordo com os princípios da nova pintura transmitidos por Gauguin: algumas manchas de cores vivas reunidas em um espalo bidimensional. Essa paisagem do bosque d´amour (O Talismã), que ele mostra então a seus colegas da Academia Julian, está na origem da criação do grupo do nabis (de Nevi´im: profetas, em hebraico).

Os artistas que o compõem definem a si mesmos como profetas de uma nova arte. Defendem uma concepção decorativa da pintura, em que a cor realça o tema. O grupo se divide entre os nabis mais afeitos às temáticas religiosas, esotéricas e abstratas e os nabis apaixonados pelas questões da vida moderna e pela poesia do cotidiano.

Para expressar suas visões e emoções, os nabis lançam mão de um leque amplo de cores - ora suaves, ora vivas.

A COR EM LIBERDADE: Paul Gauguin, Paul Cézanne, Maurice de Vlaminck, Chaim Soutine, Louis Valtat, Claude Monet, Pierre Bonnard, André Derain, Giovanni Giacometti, Jószef Rippl-Rónai e Henri Matisse.

Em 1891, Gauguin decide se exilar no Taiti para desenvolver suas pesquisas estéticas longe dos modelos ocidentais, sob a inspiração da natureza tropical. No mesmo período, isolado voluntariamente na Provence, Cézanne pinta seus motivos recorrendo a colorações moduladas, com o vazio interrompendo as formas. "Pintar é registrar suas sensações coloridas", dizia o artista. A última década do século 19, com as paisagens de Monet trabalhadas com um colorido contínua, impõe-se como o laboratório da libertação da cor.


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