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Why this World – A Arte da Escrita

A hora da Estrela

Este post é dedicado a Clarice Lispector, que sem dúvida dominou uma das maiores artes, a arte de questionar e escrever seus questionamentos. De usar as palavras para expressar seus sentimentos.



Quando uma pessoa, como Clarice, questiona o mundo, o amor, o medo, ela mesma (“Sou tão misteriosa que não me entendo”) e expressa isso, ela está contribuindo para o crescimento coletivo. Ao lê Clarice percebemos que ela questiona coisas que sentimos, mas não sei porque não expressamos. Talvez nosso sentimento não seja traduzido de forma consciente por nossa mente e por isso não conseguirmos expressá-lo. Talvez não ousamos expressá-los por medo de nos expor, de mostrar nossa alma.


A arte nada mais é do que a expressão da alma, sob a percepção do artista, que tanto pode ser pintando um belíssimo quadro, quanto compondo uma poesia ou uma canção ou através da PALAVRA. A arte é o meio de exteriorizar percepções que elevam nosso ser.


A palavra é materialização do pensamento, que é a interpretação de um sentimento que acontece na alma.


Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento.
Ela Acreditava e ao mesmo tempo questionava sua intuição que era combustível para sua impulsividade. Tinha medo de controlar seus impulsos. Medo esse tão conhecido por nós mesmos. A citação abaixo é algo muito familiar para mim. Também sou impulsiva e meu combustível é a minha intuição, “aquela voz” que sopra ao nosso ouvido e que muitas vezes dá certo e muitas vezes não.



“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.

Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”

A hora da Estrela, brotou na minha mente quando li uma matéria que saiu na Revista da Cultura falando sobre o escritor Americano, Benjamin Moser, que resolveu estudar a língua Portuguesa e em seus estudos leu um conto de Clarice e “foi amor a primeira linha”. De acordo com a revista a idéia de escrever a biografia de Clarice surgiu porque o autor considera uma injustiça as pessoas fora do Brasil não conhecerem Clarice e sua obra. O livro foi publicado em inglês e saiu em agosto com o título Why this World? Esta obra de acordo com a revista chega ao Brasil como Clarice, uma biografia.


Que Clarice com sua LUZ tão bem acentuada e expressa através de sua PALAVRAS continue iluminando nossos corações e abrindo nossas mentes. Que essa LUZ, assim como atingiu o escritor Americano, consiga irradiar o mundo e contagiar mais pessoas.

Comentários

Paula Figueiredo disse…
Oi Carla! Fico feliz que tenha gostado do poema! E obrigada por me lembrar que preciso suportar duas ou três larvas se quiser ver as borboletas! Postei mais um poema. Espero que curta! Grande beijooo!
Unknown disse…
Oi Carla... obrigado pelo comentário!
Fico feliz por saber que gosta!
Parque é uma das que mais gosto também..... remete a boas lembranças! ehehe
bjs!
Paula Figueiredo disse…
Oi Carla! Obrigada pelo comentário e pelas boas energias! Grande beijo!

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