E já dizia o sábio Raulzito, "todos os caminhos são
iguais o que leva à glória ou a perdição. Há tantos caminhos, tantas portas,
mas somente um tem coração".
Don Juan revelou a Castañeda a pergunta-chave a ser feita ao
escolher um caminho: "Esse caminho tem um coração?". Ele continuou
indicando que "Todos os caminhos são o mesmo: não conduzem a parte alguma.
São caminhos que atravessam o mato ou que entram no mato". (O objetivo é
trilhar o caminho com o coração; o destino é indiferente. Don Juan parece estar
descrevendo um caminho interior semelhante ao tao e estar enfatizando mais o
processo do que a meta). Então, ele contrastou a consequência de fazer uma
escolha:
"Acaso esse caminha tem coração? Em caso afirmativo, o
caminho é bom; em caso contrário, de nada servirá. Ambos os caminhos não
conduzem a parte alguma; porém, um deles é dotado de sentimento e o outro, não.
Um deles destina-se a uma viagem feliz; enquanto você o seguir, formará uma
unidade com ele. O outro fará com que você maldiga a sua vida. Um deles o torna
forte, o outro o enfraquece". (Trecho do Livro - A sincronicidade e o
Tao).
Agora fica fácil compreender também a mensagem que João Guimarães
Rosa nos passou ao escrever em seu livro
“Grande Sertão Veredas”: O real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe
para a gente é no meio da travessia.
Quando o caminho tem coração acontece o equilíbrio, pois equilibrio se dá quando o som do nosso coração está em
harmonia com o ritmo do UNIVERSO!
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