Dizer que se apaixonar é como olhar um belo quadro pode não ser uma grande sacada romântica, mas a ideia não está totalmente errada.
É o que indica um estudo do Reino Unido que revela que as mesmas áreas do cérebro são estimuladas quando se admiram obras como "O Nascimento de Vênus", do pintor Botticelli (1445-1510), e ao amar alguém.
A pesquisa, de autoria do neurobiólogo Semir Zeki, da University College de Londres, envolveu voluntários que olharam 28 pinturas, conta reportagem do jornal britânico "The Telegraph".
Com um scanner cerebral, Zeki identificou um aumento de sangue nas áreas de produção do neurotransmissor dopamina e na região do córtex orbitofrontal, que estão associados à sensação de prazer e de afeto. Ou seja, os mesmos setores do cérebro que são ativados quando se está apaixonado.
Estudos preliminares já mostraram que a arte pode reduzir o sofrimento em internações e ajuda na recuperação de doenças.
A pesquisa, que está sendo revista, deve ser divulgada em uma publicação especializada ainda neste ano.
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