O Estrambólica Arte temo como missão arrumar uma forma de fundir CIÊNCIA + TECNOLOGIA
+ ARTE e dessa fusão tirar meios que ajudem ao ser humano a superar seus
limites e viver com mais criatividade.
Além
de artes e artistas estrambólicos, também é do interesse do Estrambólica Arte
buscar e compartilhar o uso da tecnologia e da ciência não só a serviço da
arte, mas também como ferramenta de apoio e inclusão para os seres humanos que por
questão de alguma deficiência necessitem dessa mãozinha da ciência e do aparato
tecnológico para expor sua criatividade e conviver de igual pra igual com os
outros seres humanos.
Um
problema sempre deve ser enxergado como uma infinita possibilidade de superação
e consequentemente inovação. Veja o caso, do artista Neil Harbisson, que sofre
de Acromatose e fez do seu desejo de enxergar as cores uma grande inovação no campo da ciência e das artes. Para ler o texto “A
história e a arte do estrambólico artista ciborgue sonocromático”, que
conta a experiência de Harbisson, aqui.
Tenho
uma tia surda e muda e desde criança convivo com ela. Nessa convivência vi como
é incrível a capacidade que o ser humano tem de se adaptar e desenvolver outras
habilidades sensoriais para suprir a falta de uma delas. A minha tia nasceu no
Sul do Ceará, numa época onde as facilidades tecnológicas e inclusão social das
pessoas deficientes não existiam. Por conta disso, para se comunicar e
interagir com as outras pessoas ela teve que criar uma linguagem de sinais
própria. Apesar de toda dificuldade minha tia conseguiu sua inclusão social. Como
uma guerreira, aprendeu a dançar forró e participar das apresentações de
quadrilha que acontecia nas festas juninas. Ela percebeu a vibração
das coisas e passou a ouvir a intuição. Se casou e para meu orgulho leva um vida
extremamente normal.
De
acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde, existem cerca de 360
milhões de pessoas no mundo com algum tipo de deficiência auditiva. Dessa
quantidade, 328 milhões são adultos e 32 milhões de crianças, como informa o
Medical News Today. A minha tia se enquadra nessa estatística.
O
impulso para escrever este texto surgiu quando li no site da Info e do
CanalTech uma matéria sobre a tecnologia Sign
Language Ring que traduz linguagem de sinais em texto ou voz. Me faz bem compartilhar essa fusão da ciência e da tecnologia em prol do ser humano. Segue abaixo
resumo dessa matéria.
Para
facilitar a vida de pessoas surdas, seis estudantes da Asia University desenvolveram
um produto que visa facilitar o entendimento da linguagem de sinais usada por
pessoas surdas. O invento chamado de Sign
Language Ring, é um conjunto de anéis que enviam sinais para uma pulseira,
que em seguida converte os gestos do deficiente auditivo em uma voz eletrônica.
Esta ideia rendeu aos criadores do projeto o prêmio de melhor design de
conceito da Red Dot 2014.
De
acordo com o CNET, o usuário coloca três anéis em cada mão. A partir daí,
acontece o processo de "tradução" dos movimentos feito pelas mãos do
usuário, que ainda pode gravar novos gestos para adaptar o acessório ao seu dia
a dia. Além disso, é possível fazer o processo inverso, ou seja, fazer com que
o gadget traduza voz falada em texto, permitindo que o deficiente auditivo leia
aquilo que o outro está dizendo.
Por
enquanto, os anéis traduzem os sinais apenas em inglês, mas devem ser adaptados
para outros idiomas no futuro. O aparelho está exposto no Museu Red Dot, em
Cingapura, e não há previsão de lançamento.
Há
outros projetos para facilitar a vida dos deficientes auditivos, de acordo com
o CanalTech, projetos como o Sign Language Ring surgem todos os anos. No ano
passado, a GigaOm Pro, empresa com mais de 200 analistas que observam ideias
inovadoras, constatou que a tecnologia vestível poderia melhorar a qualidade de
vida de pessoas com problemas de audição. Isso inclui óculos inteligentes com
aparelhos auditivos e fones de ouvido que podem ser conectados a sensores em
superfícies como mesas e balcões. Todos podem ser adaptados para que o usuário
bloqueie qualquer ruído e ouça apenas aquilo que considerar relevante.
Também
no ano passado, comenta o CanalTech, a FDA, órgão governamental dos Estados
Unidos da América responsável pelo controle de vários tipos de alimentos e
produtos, autorizou o desenvolvimento de um aparelho auditivo inédito no
mercado: uma prótese usada na boca, assim como uma dentadura, que reproduz o
som pelos dentes através da tecnologia wireless. O usuário ouve tudo por um
pequeno microfone embutido na orelha.
Referências:
Comentários