"A dança simboliza a arte da criação"
Quando dançamos, movemos no espaço segundo um ritmo que marca o tempo, juntando-se os dois em harmonia com a música, símbolo do sentimento. A dança nasceu como arte sagrada, forma de oração, por cujo intermédio o homem se afina com toda a natureza e com os deuses. Por meio da dança rítmica, o homem lançou uma ponte para o abismo entre o tempo mortal e o tempo transcendental e experimentou-se como parte de um processo em eterna mudança. Através da dança ritual, o xamã pôs-se em harmonia com o universo, para restaurar o equilíbrio da natureza de modo que pudesse chamar a chuva necessária ou efetuar curas. Através da dança extática, o dervixe saltou fora do tempo mortal, harmonizando o seu ritmo com o das estrelas gigantes. A dança simboliza a arte da criação. Na doutrina ortodoxa grega, Sofia (a divina beleza) dança. A filosofia Zen encara toda a vida como dança gentil, cuja arte consiste em nos movermos pela vida comum de maneira natural e integrada, e no entanto, espontânea. Dizem-nos os físicos que o mundo, e nós mesmos, não passamos de uma dança de partículas. No nível microscópico, todas as dicotomias - interior e exterior, meu e teu, subjetivo e objetivo - perdem o sentido. O dançarino no Tarô é o mundo.
Trechos do Livro: Jung e o Tarô uma jornada arquetípica
Fonte da imagem:
https://cispladancas.wordpress.com/2011/06/27/a-danca-e-a-alma/
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