Recentemente assisti à
Minissérie Beethoven, no canal Arte 1. Por coincidência no dia do último
capítulo vi a seguinte frase do Arthur Schopenhauer: A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não
compreende. Fiquei com essa frase na cabeça. Cheguei até a mandar para um amigo com qual compartilhei
informações sobre o poder da música no tratamento de amnésia e Alzheimer.
Informações estas que renderem o seguinte post: “O poder da música na REABILITAÇÃO COGNITIVA (Alzheimer, AVC, amnésia)”
aqui no Estrambólica Arte.
Na Minissérie foi retratada
a genialidade, excentricidade e a vida conturbada pela qual viveu Beethoven. Mas,
o que mais me chamou atenção foi o processo criação das músicas. Era como se
Beethovem tivessem uma verdadeira intervenção Divina. Talvez isso explique e
justifique o poder de sua música. Hoje, uma notícia estrambólica me saltou aos
olhos; Eis as manchetes:
“Células tumorais expostas à 5ª Sinfonia, de
Beethoven, perderam tamanho ou morreram”.
“Música de Beethoven pode ajudar no controle
do câncer de mama”.
No estudo, os pesquisadores
do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho submeteram uma cultura de células
MCF-7, ligadas ao câncer de mama, a obras como a "5ª Sinfonia", de
Ludwig van Beethoven, "Atmosphères", de Gyorgy Ligeti, e a
"Sonata para 2 Pianos em Ré maior", de Mozart.
De acordo com os
pesquisadores, quando as células MCF-7 foram expostas às obras de Beethoven e
de Ligeti, um em cada cinco delas morreu. A composição de Mozart não provocou
nenhuma alteração nas células.
O fato de Mozart não ter
provocado nenhuma reação é curioso, já que suas composições estão entre as mais
utilizadas na musicoterapia. Já foi descrito na literatura que a “Sonata para 2
Pianos” diminui o número de ataques epiléticos e aumenta a capacidade de
memória em pacientes com Alzheimer.Nesse caso, porém, nada de especial
aconteceu. “Pode ser que a música de Mozart gere efeitos apenas em neurônios,
mas não em outros tipos de célula”, sugere Márcia Capella, coordenadora do
estudo.
Como o ciclo de duplicação
da célula MCF-7 dura aproximadamente 30 horas, os pesquisadores fizeram um
intervalo de dois dias entre a sessão musical e o teste dos seus efeitos.
“Neste prazo, 20% da amostragem morreu. Entre as células sobreviventes, muitas
perderam tamanho e granulosidade”, disse a pesquisadora ao jornal “O Globo”.
Os cientistas também fizeram
testes com a MDCK, uma célula não-tumorigênica, e com linfócitos, e elas não
responderam a estes estímulos sonoros.
“Ainda precisamos estudar
melhor os mecanismos destes efeitos, ou seja: porque apenas alguns tipos de
células são sensíveis a estas músicas? E por que apenas alguns tipos
específicos de músicas provocam efeitos?”, disse Márcia. A ideia é que, no
futuro, o grupo possa criar sequências sonoras específicas para ajudar no
tratamento do câncer. Mais para frente, eles pensam em expandir o leque de
ritmos musicais a serem utilizados, entre eles samba e funk.
5ª Sinfonia de Beethoven - Movimento 1:
Referências:
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